Conhecimento sobre ostomia cresce entre curitibanos

Para a presidente da APO, ações de conscientização da entidade e repercussão da
cirurgia de colostomia do presidente Jair Bolsonaro contribuiram para o aumento
do conhecimento sobre ostomia na capital paranaense

Uma pesquisa realizada pela Associação Paranaense dos Ostomizados constatou que 57% dos curitibanos não sabem o que significa o termo ostomia, bem como suas causas e formas de prevenção. Entre as 200 pessoas que participaram da pesquisa, 22% afirmaram conhecer alguém ostomizado. Desses, 66% declararam ter um familiar que passou pela cirurgia de ostomia, enquanto 28% afirmaram ter amigos ou conhecidos ostomizados.

O resultado da pesquisa indica que o conhecimento sobre o assunto vem crescendo. Em estudo anterior, realizado em 2012, o número de pessoas que desconheciam o tema era de 71%.

Para a presidente da associação, Luiza Helena Ferreira Silveira, o desconhecimento sobre a ostomia revela um grave problema. “A falta de informação é muito prejudicial no tratamento e na prevenção da doença. Vivenciamos diariamente a situação de pessoas recém-ostomizadas que compram bolsas coletoras, material usado diariamente por um ostomizado, sem saber que têm direito a recebê-las gratuitamente pelo SUS”, afirma Luiza. “Por outro lado, quem não possui a enfermidade precisa de esclarecimento para prevenir um futuro problema”.

A CIRURGIA DE BOLSONARO
Para Luiza, além das ações de conscientização promovidas pela APO, outro fator que contribuiu para o aumento do conhecimento sobre ostomia por parte dos curitibanos foi a repercussão da cirurgia de colostomia pela qual passou o presidente Jair Bolsonaro. “No caso do Bolsonaro, a necessidade da cirurgia se deu em decorrência de um ferimento com arma branca, mas há inúmeras outras causas que podem tornar uma pessoa ostomizada, como câncer, doença de Crohn e retocolite”, observa.