Toda cirurgia que leva à confecção de uma estomia intestinal ou urinária visa reparar ou aliviar o sofrimento causado por algumas doenças ou condições intestinais ou urinárias. As estomias constituem sequelas ou consequências de doenças ou traumas e não causas ou diagnósticos, o que dificulta sua informação. Portanto, ela faz parte de um processo de tratamento ou cura.
As causas são diversas, mas predominantemente temos as neoplasias (tumores) malignas, principalmente as colorretais, e vesicais, além das doenças inflamatórias intestinais, como doença de Crohn, retocolite ulcerativa inespecífica e os traumas por acidentes automobilísticos, ferimentos por arma branca ou arma de fogo e empalamento.
O Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima para o Brasil 17.380 casos novos de câncer de cólon e reto em homens e 18.980 em mulheres para cada ano do biênio 2018-2019. Lembrando que o câncer de cólon e reto é uma doença multifatorial influenciada por fatores genéticos, ambientais e relacionados ao estilo de vida, como consumo excessivo de bebidas alcoólicas, baixa ingestão de frutas e vegetais, alto consumo de carnes vermelhas e de alimentos processados, obesidade, tabagismo e falta de atividades físicas. Em relação ao câncer vesical (de bexiga), estima-se 6.690 novos casos em homens e 2.790 em mulheres, e quanto aos tumores infiltrativos de próstata, são estimados 68.220 novos casos ao ano.
Os traumas também representam um percentual importante, principalmente no meio urbano devido ao crescimento desordenado das cidades sem uma infraestrutura adequada, ou seja, desemprego, desprovimento de serviços públicos assistenciais (saúde primária, hospitais, escolas, etc.) e ineficiência da segurança pública.
Quanto às estomias em crianças, geralmente são atribuídas a malformações congênitas e realizadas no período neonatal. Frequentemente são temporárias.
A confecção de estomias salva todos os dias a vida de milhares de pessoas. Sendo assim, quanto mais informações você tiver acesso, mais poderá fazer para levar uma vida ativa e saudável e ajudar as pessoas que ama a ampará-lo da melhor maneira possível.
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Por: Elaine Pedroza
Estomaterapeuta e Coordenadora Nacional me+ ConVocê
me+convoce@Convatec.com
CONVATEC
REFERÊNCIAS
- Santos VLCG. Aspectos Epidemiológicos dos Estomas. Revista Estima, São Paulo, v.5 (1), 2007.
- Monteiro SNC, Kamada I, SilvaAL, Souza TCR. Perfil de crianças e Adolescentes Estomizados atendidos de um Hospital Público do Distrito Federal. Revista Estima, São Paulo, v.12 (3), 2014.
- Santos, MO. Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. Coordenação de Prevenção e Vigilância. Estimativa 2018: incidência de câncer no Brasil. Rio de Janeiro: INCA, 2017. 128p.