A invisibilidade do câncer colorretal

No dia 27 de março, celebra-se o Dia Nacional de Combate ao Câncer Colorretal  (Foto: Freepik)

Mesmo que pouco divulgado, o câncer colorretal é o segundo tipo de câncer que mais atinge a população brasileira e o terceiro mais comum no mundo. A doença, quando diagnosticada precocemente, tem grandes de chances de cura. Atualmente, o câncer de cólon, como também é conhecido, é uma das principais causas das cirurgias de estomia.

O tema precisa ser mais discutido e popularizado, de maneira a conscientizar a sociedade e alertar sobre a importância do diagnóstico e tratamento precoces do câncer colorretal.

Uma forma de se prevenir é por meio do exame de colonoscopia, que deve ser feito a cada dez anos, a partir dos 50 anos de idade. Esse espaço de tempo será seguido caso o paciente não apresente características que exijam uma atenção extra. Em todas as situações, as pessoas precisam estar em dia com a saúde.

Uma rotina saudável pode evitar o desenvolvimento da doença. Realizar atividades físicas, manter um nível adequado de vitamina D e manter de três a cinco refeições por dia baseadas em fibras, frutas, legumes, verduras, grãos e carnes brancas são alguns dos cuidados que podem evitar casos de câncer colorretal. Com uma dieta balanceada, atividades físicas e visitas preventivas ao médico, aumentam as chances de prevenção e/ou diagnóstico precoces da doença. Uma vez diagnosticado em um estágio inicial, esse tipo de câncer tem 80% de chances de cura!

Vale ressaltar que a partir de 2010, quando o Instituto Nacional do Câncer (INCA) começou a participar do movimento “Outubro Rosa”, o número de mamografias aumentou em 37%. Com informação, prevenção e tratamento, podemos colaborar para a mudança da realidade do câncer de cólon também!

Já está mais do que na hora de aproveitarmos datas importantes como o dia 27 de março, Dia Nacional de Combate ao Câncer Colorretal, ou o “Setembro Verde”, campanha que tem como proposta conscientizar a sociedade e alertar sobre a importância do diagnóstico e tratamento precoces do câncer colorretal, além de fomentar de todas as formas possíveis a prevenção e o diagnóstico do câncer colorretal, contribuindo para diminuir ainda mais os óbitos causados por essa doença. 

A Páscoa, o coração e os peixes

O consumo de peixe aumenta consideravelmente na Páscoa, porém, essa proteína de alta qualidade, rica em vitaminas e minerais deveria ser consumida mais vezes durante o ano, e não apenas em uma época. 

Seja de rio ou de mar, fresco, seco ou congelado, os peixes têm diversos benefícios à nossa saúde, são fontes de proteínas, substâncias fundamentais para construção e reparação dos nossos tecidos corporais. No geral, os peixe possuem gorduras boas (insaturadas) e principalmente o atum, sardinha, truta, bacalhau e arenque têm uma boa proporção de ômega 3, que ajuda a controlar e reduzir os níveis de triglicerídeos e colesterol do sangue, o que ajuda reduzir as chances de problemas relacionados ao coração.

Comparado as carnes vermelhas, os peixes possuem menos gorduras maléficas, sendo ótimos substitutos, mais saudáveis e melhor digeridos pelo corpo. Mas atenção à forma de preparo, prefira o consumo do peixe assado, cozido, ensopado ou grelhado e o evite ele frito.

Como escolher os peixes?

Peixes frescos: devem estar sob refrigeração e apresentar escamas bem aderidas ou couro íntegro, guelras róseas e olhos brilhantes e transparentes;

Peixes congelados: devem estar devidamente embalados e conservados em temperaturas adequadas. Evite adquirir aqueles que apresentam acúmulo de água ou gelo na embalagem, pois podem ter sido descongelados e congelados novamente;

Peixes secos: devem estar armazenados em locais limpos, protegidos de poeira e insetos, sem ovos ou larvas, mofo, manchas escuras ou avermelhadas e a superfície deve estar sem limosidade e odor desagradável.

Chocolate

O chocolate é um alimento rico em gorduras e açúcares, porém, quanto maior a quantidade de cacau (amargo) presente nele, maior a quantidade de flavonóis, antioxidantes importantes na redução de riscos para doenças cardiovasculares, pois atuam nos fatores para o desenvolvimento delas, como pressão arterial, estado inflamatório e lipídios no sangue, ou seja, dentro de uma alimentação saudável, equilibrada e em pequenas quantidades, o chocolate pode e deve ser consumido.

Dicas para a Páscoa:

– Prefira as versões com alto teor de cacau (70% ou mais);

– Consuma pequenas quantidades de chocolate ao longo dos dias e não tudo o que ganhar na no mesmo dia;

– Devido a quantidade de gordura presente nele, o consumo de grandes quantidades, pode desencadear sintomas desagradáveis como cólicas e diarreia;

– Faça receita com as “sobras” de chocolate, reinvente, use sua imaginação para transformá-lo em outros pratos deliciosos e dividir com a família.

Elaborado por: Nutricionista voluntária APO 2021 Caroline Carvalho dos Santos CRN 8 11845.

Fontes: M.S. Guia alimentar para a população brasileira. 2ed.2014. <https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_alimentar_populacao_brasileira_2ed.pdf>. Acesso em: 29 de março de 2021.

OLIVEIRA, A. M., SILVA, F. M. Dietoterapia nas doenças do adulto. 1. ed. Rio de Janeiro: Rubio, 2018.p. 455.

COMUNICADO: Dia Nacional dos Ostomizados

Como consequência da pandemia, neste ano não serão realizadas as tradicionais atividades do Dia Nacional dos Ostomizados em 16 de novembro.

Da mesma forma o café de encerramento de ano, que ocorre todos os meses de dezembro, será suspenso em 2020.

Quanto às reuniões mensais, a primeira reunião de 2021, em fevereiro, ainda não está confirmada. A diretoria da APO se pronunciará sobre sua realização em janeiro após o recesso de fim de ano.

Como ostomizados e associações estão enfrentando a pandemia

Por: Gabriel Sestrem

Desde o início do período de isolamento social decorrente da pandemia do novo coronavírus, ostomizados de todo o Brasil foram impactados de alguma forma pela situação. Além de eventuais diminuições de renda e dos desafios próprios do isolamento social, há outras dificuldades mais específicas no dia a dia das pessoas com ostomia, como restrições ao atendimento médico presencial, eventuais limitações na retirada das bolsas nas unidades de saúde e a impossibilidade de participar das reuniões e atividades das associações regionais de apoio, como a APO. Essas associações, aliás, também vêm sendo bastante impactadas durante o período de quarentena, especialmente pela queda na entrada de recursos necessários para sua manutenção.

De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Ostomizados (Abraso), Antônio de Souza Amaral, vários presidentes de associações regionais o procuraram para relatar a preocupação com a sobrevivência dessas instituições, já que muitas delas se mantêm por meio de doações de voluntários e parceiros, e nesse período vem havendo uma queda generalizada na captação dos recursos. Para Antônio, os ostomizados precisam ter consciência de que o isolamento não é bom para o movimento de defesa dos seus direitos como um todo. “As associações são essenciais para a manutenção dos nossos direitos. Nossa deficiência é invisível, e essas instituições cumprem o papel de dar visibilidade a uma causa de enorme importância”.

O presidente da Abraso também aponta a necessidade de união das pessoas com ostomia no período pós-quarentena: “O trabalho corpo a corpo vai ser ainda mais importante. Os presidentes não fazem nada sozinhos, esse trabalho precisa ser coletivo. E daqui para a frente os ostomizados precisam se envolver mais e abraçar mais a causa. Em muitos locais do Brasil em que há falta de bolsas, isso acontece porque não há um trabalho organizado de defesa desses direitos”, explica.

Presidente Antônio de Souza Amaral, presidente
da Associação Brasileira de Ostomizados (Abraso)

Antônio também conta que, desde o início da pandemia, o trabalho da Abraso tem como foco atuar nas diferentes esferas de governo para evitar problemas no fornecimento das bolsas de ostomia. “Nosso receio é de que gestores de saúde usem a pandemia como desculpa para cortar recursos que são de nosso direito e também que haja atraso ou problemas com relação às próximas licitações”, afirma, destacando que, apesar de alguns problemas pontuais de falta de bolsas, atualmente a maioria dos estados está em situação equilibrada de fornecimento.“O trabalho corpo a corpo vai ser ainda mais importante. Os presidentes não fazem nada sozinhos, esse trabalho precisa ser coletivo. E daqui para a frente os ostomizados precisam se envolver mais e abraçar mais a causa. Em muitos locais do Brasil em que há falta de bolsas, isso acontece porque não há um trabalho organizado de defesa desses direitos”

OSTOMIZADOS DE CURITIBA

Quanto aos ostomizados de Curitiba, a restrição aos atendimentos médicos é uma das principais limitações percebidas. No entanto o atendimento a distância (feito por WhatsApp, telefone e em alguns casos por chamada de vídeo), realizado pelos enfermeiros estomaterapeutas, tem contribuído para minimizar o problema.

Ermelinda Exteketter fez a cirurgia de colostomia em abril deste ano e, ainda no hospital, foi instruída a entrar em contato com uma enfermeira estomaterapeuta para receber orientações sobre como lidar com o ostoma no dia a dia. O atendimento a distância foi essencial para que ela, sua cuidadora e seu filho pudessem ter todas as informações necessárias para os cuidados diários. “Esses atendimentos a distância são uma ajuda muito bem-vinda. A tecnologia contribui muito para a qualidade de vida não apenas das pessoas com ostomia, mas para todos os tipos de limitações de saúde”, observa Ermelinda.

Com relação à distribuição de bolsas, desde o início da pandemia foram percebidos alguns problemas pontuais. Marília Maito, tesoureira da associação, afirma que não foram entregues suas bolsas referentes ao mês de maio. “Na condição de ostomizada, felizmente não sofri grandes contratempos ou privações, e de forma geral não me faltaram os materiais necessários, apesar de não terem sido entregues as bolsas no mês de maio”, conta. A tesoureira explica que, quando ocorrem essas falhas na entrega dos materiais por parte do Sistema Único de Saúde, a APO busca suprir pontualmente os pacientes que estão com falta de material. Entretanto, com a interrupção das atividades da associação desde março, problemas na distribuição de bolsas por parte do poder público podem ocasionar impasses mais sérios para quem possui um ostoma.     “Nossa preocupação é justamente quanto a essa falta de atendimento aos ostomizados, pois oferecemos um importante suporte a todos os que precisam, não somente com relação às bolsas, mas também na assistência de enfermagem quanto a tratamentos das lesões de pele, curativos, orientações e todos os cuidados necessários. Para nós é desalentador faltar com o apoio a quem precisa. O atendimento a distância com os enfermeiros, por vídeo ou telefone, é o modo de amenizar situações mais urgentes, até que tudo tenha passado. Mas esperamos voltar o quanto antes à normalidade”, completa.

RECEBA ATENDIMENTO A DISTÂNCIA

Ostomizado, durante o período em que as atividades da APO se encontram temporariamente suspensas, caso precise de alguma orientação procure atendimento em sua unidade básica de saúde ou entre em contato com uma de nossas enfermeiras voluntárias para receber atendimento a distância:

► Enf. Ângela (Hollister): 41 98866-9053
► Enf. Thallita (B Braun): 41 99889-8392
► Enf. Thomas (Coloplast): 41 99208-6841
► Enf. Ketellyn (Convatec): 41 99999-1019