Como alimentar-se bem durante o verão

No verão, as perdas de líquidos e de sais minerais são maiores do que em outras estações do ano. Com isso, é importante dobrar a atenção quando o assunto é hidratação. O ideal é tomar entre oito e dez copos de líquidos ao dia, principalmente água, mas é possível associar esse consumo à ingestão de sucos de frutas e chá gelados. Quanto à hidratação, consumir frutas também é muito bem-vindo, principalmente aquelas que contêm bastante água em sua composição, como melancia, melão e abacaxi.

Nessa época, a alimentação deve ser variada, colorida e rica em alimentos naturais. Procure consumir alimentos mais leves, saudáveis e de fácil digestão, como carnes magras, legumes, saladas, frutas e sanduíches leves e reduza o consumo de frituras e alimentos gordurosos. Dê atenção especial ao consumo de verduras e legumes, que fornecem vitaminas e minerais importantes para o organismo. Consuma folhas verdes e legumes diariamente e, para temperar, utilize azeite, limão e vinagre, além de temperos naturais como manjericão, orégano, entre outros. Cuidado com maionese caseira e molhos prontos.

Ao preparar os alimentos que serão levados à praia ou à piscina, por exemplo, lembre-se de de colocá-los em uma bolsa ou sacola térmica com um pouco de gelo para que fiquem bem refrigerados. Aposte em frutas e, para os lanches, a melhor opção são os naturais, se possível sem adição de maionese e embutidos, como presuntos e salames.

As altas temperaturas podem provocar inibição da fome. Apesar disso, não fique muitas horas sem comer. Se possível, alimente-se a cada três horas, incluindo lanches nos intervalos das refeições principais.

Cuide também para que os alimentos estejam livres de contaminações. Para isso, é importante ter atenção à higiene e à qualidade dos alimentos, pois a alta temperatura facilita a proliferação de fungos e bactérias. Opte por alimentos sempre bem cozidos ou assados, principalmente carne, peixe e ovos. Atente-se também aos alimentos que, em sua preparação, contenham leite e ovos, assegurando-se que estejam adequadamente refrigerados. Selecione locais da sua confiança para consumir frutos do mar, sobretudo quando o consumo destes é cru.  Não consuma se tiver dúvidas quanto à sua conservação.

Colocando essas dicas em prática, você terá um verão muito mais saudável. E para quem ainda não tem bons hábitos alimentares, esse é um ótimo momento para começar e manter os hábitos durante todos os meses de 2020!

CAMILA POLAKOSWSKI
Nutricionista do Serviço de Cirurgia Abdominal – Hospital Erasto Gaertner

Causas que podem levar à estomia intestinal e urinária

A confecção de estomias salva todos os dias a vida de milhares de pessoas

Toda cirurgia que leva à confecção de uma estomia intestinal ou urinária visa reparar ou aliviar o sofrimento causado por algumas doenças ou condições intestinais ou urinárias. As estomias constituem sequelas ou consequências de doenças ou traumas e não causas ou diagnósticos, o que dificulta sua informação. Portanto, ela faz parte de um processo de tratamento ou cura.

As causas são diversas, mas predominantemente temos as neoplasias (tumores) malignas, principalmente as colorretais, e vesicais, além das doenças inflamatórias intestinais, como doença de Crohn, retocolite ulcerativa inespecífica e os traumas por acidentes automobilísticos, ferimentos por arma branca ou arma de fogo e empalamento.

O Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima para o Brasil 17.380 casos novos de câncer de cólon e reto em homens e 18.980 em mulheres para cada ano do biênio 2018-2019. Lembrando que o câncer de cólon e reto é uma doença multifatorial influenciada por fatores genéticos, ambientais e relacionados ao estilo de vida, como consumo excessivo de bebidas alcoólicas, baixa ingestão de frutas e vegetais, alto consumo de carnes vermelhas e de alimentos processados, obesidade, tabagismo e falta de atividades físicas. Em relação ao câncer vesical (de bexiga), estima-se 6.690 novos casos em homens e 2.790 em mulheres, e quanto aos tumores infiltrativos de próstata, são estimados 68.220 novos casos ao ano.

Os traumas também representam um percentual importante, principalmente no meio urbano devido ao crescimento desordenado das cidades sem uma infraestrutura adequada, ou seja, desemprego, desprovimento de serviços públicos assistenciais (saúde primária, hospitais, escolas, etc.) e ineficiência da segurança pública.

Quanto às estomias em crianças, geralmente são atribuídas a malformações congênitas e realizadas no período neonatal. Frequentemente são temporárias.

A confecção de estomias salva todos os dias a vida de milhares de pessoas. Sendo assim, quanto mais informações você tiver acesso, mais poderá fazer para levar uma vida ativa e saudável e ajudar as pessoas que ama a ampará-lo da melhor maneira possível.

O Programa me+ ConVocê foi desenvolvido pensando em você. Conhecemos suas necessidades e trabalhamos todos os dias para oferecer serviços e produtos inovadores que possam facilitar sua reabilitação. O cuidado que precisa está a uma chamada de distância. Conte conosco!

Por: Elaine Pedroza
Estomaterapeuta e Coordenadora Nacional me+ ConVocê
me+convoce@Convatec.com
CONVATEC


REFERÊNCIAS

  1. Santos VLCG. Aspectos Epidemiológicos dos Estomas. Revista Estima, São Paulo, v.5 (1), 2007.
  2. Monteiro SNC, Kamada I, SilvaAL, Souza TCR. Perfil de crianças e Adolescentes Estomizados atendidos de um Hospital Público do Distrito Federal. Revista Estima, São Paulo, v.12 (3), 2014.
  3. Santos, MO. Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. Coordenação de Prevenção e Vigilância. Estimativa 2018: incidência de câncer no Brasil. Rio de Janeiro: INCA, 2017. 128p.

A felicidade está aqui e agora

Quem não quer ser feliz todos os dias? Atingir a felicidade tem sido um desafio diário. Ninguém está realmente preparado para uma situação adversa. Até porque, situações adversas são sempre inesperadas. Não diferente é a vida de quem precisa passar por uma cirurgia de estoma, um procedimento que implicará novos hábitos.

No entanto, o segredo para manter o bem-estar nessa nova rotina é mais simples do que se imagina. Um estudo realizado em 2016 nos Estados Unidos com indivíduos com transtorno de ansiedade revelou que aqueles que conseguiram visualizar uma imagem de um resultado positivo para cada preocupação que tiveram relataram maior felicidade, tranquilidade e diminuição da ansiedade. Essa prática ficou conhecida como psicologia positiva. A proposta é que a gente construa um modelo mental mais positivo, com autorresponsabilização sobre a nossa vida, com objetivos e metas. Esse tipo de mudança pode ajudar nos momentos mais difíceis.

Teorias ligadas à psicologia positiva afirmam que a felicidade é baseada em fatores como a genética, as circunstâncias de vida e as atividades emocionais. A última diz respeito a ações práticas que nós desenvolvemos para aumentar a nossa própria felicidade. Para que um processo de mudança ocorra, é preciso prestar atenção nas escolhas que são feitas diariamente, sair do piloto automático e focar no que fazemos a todo o momento. A felicidade está aqui e agora, na forma que escolhemos para interpretar o mundo e não lá na frente.

Especialistas já afirmaram que trabalhar o fortalecimento da autoestima da pessoa com estomia contribui para minimizar atitudes extremas como, por exemplo, o isolamento social. O foco para garantir o bem-estar em todos os momentos da nova rotina é promover a felicidade, reformular o estilo de vida, explorar as qualidades humanas e as reações pró-sociais, como a empatia, a gratidão e o amor.

Ter sempre objetivos claros na vida, mesmo que eles sejam pequenos, fazendo todo o esforço possível para conseguir alcançá-los, é fundamental para a conquista da felicidade. Por exemplo, fazer mais amigos, praticar atividades físicas, não ficar preso ao passado, fazer o que realmente ama, promover a inclusão social, estabelecer metas, desenvolver a gratidão, libertar-se da culpa e não dar tanta importância às coisas são maneiras de promover a superação das barreiras enfrentadas pelos estomizados levando-os a descobrir que é possível ter uma vida saudável. Essas são atitudes simples que auxiliam na construção da autoestima e oferecem uma sensação de plenitude evidente, reforçando a autoconfiança. Ao olharmos para o passado e aprendermos com sucessos e vitórias, estamos começando a construir um novo futuro repleto de possibilidades.

CAMILA MARQUES
Gerente de Produtos da divisão
Stoma Care na B. Braun Brasil
camila.marques@bbraun.com

A importância da vacinação contra a gripe

Bruna Carolina N. de Aguiar
Farmacêutica – CRF 26113

A vacina da gripe está cercada de crenças populares e boatos. Mas afinal, qual é a verdade?

A gripe é uma doença respiratória causada pelo vírus Influenza, que provoca febre; dores musculares, de cabeça e de garganta; mal-estar e tosse seca, mas também pode ocasionar complicações graves, principalmente pneumonia.

A imunização (por meio da vacinação) deve ocorrer anualmente, pois com o passar do tempo a carga de anticorpos no organismo vai diminuindo e é necessário fazer o reforço. Além do mais, ocorre a alteração da constituição da vacina, pois ela é formada pelos subtipos do vírus inativados que mais circularam no ano anterior.

Estudos publicados nos últimos 20 anos demonstram, por exemplo, que a imunização contra a gripe reduz em 50% a hospitalização dos idosos em decorrência da doença, além de diminuição de 53% nos casos de pneumonias e de 68% de mortes por gripe nessa população.

Umas das crenças que mais dificulta a vacinação da população é que a própria vacina ocasiona a doença. Essa informação não é verdadeira, pois a vacina é constituída pelo vírus inativado, e ele é incapaz de ocasionar a gripe. O que acontece é que a campanha ocorre em um período em que há muitos vírus que provocam doenças respiratórias circulando, então a chance de infecção por outras doenças é maior.

O organismo demora de duas a três semanas para desenvolver a imunização após a vacinação, por isso é importante tomar a vacina antes do início do inverno e sempre realizar medidas preventivas de doenças respiratórias, como lavar as mãos, cobrir a boca ao tossir ou espirrar, não compartilhar objetos de uso pessoal e manter os ambientes arejados.

Por tudo isso é essencial que idosos e todos os grupos de risco sejam vacinados, diminuindo a incidência da doença e aumentando a qualidade e expectativa de vida.