Conscientização sobre ostomia alcança 12º ano consecutivo

No dia 14 de novembro, voluntários da APO estiveram na região central de Curitiba (na Boca Maldita, próximo à Praça Osório) abordando as pessoas para explicar as principais causas que levam uma pessoa a tornar-se ostomizada, falar sobre ações preventivas e divulgar o trabalho gratuito de assistência que a associação realiza.

Entre as 9h e as 15h, período em que os voluntários estiveram no local, aproximadamente 600 pessoas foram abordadas. 

 “Apesar de ter sido um dia de chuva e muito vento, conseguimos desempenhar nosso papel de conscientização e divulgação da APO. Nós damos muito valor para essa ação, que acontece anualmente, porque nosso objetivo é fazer com que as pessoas saibam que há, em Curitiba, uma instituição que dá apoio gratuito às pessoas ostomizadas. Essa é uma forma muito efetiva de levar nosso trabalho a quem precisa”, afirma a presidente, Luiza Helena Ferreira Silveira.

Veja um pouco de como foi a 12ª ação de conscientização sobre ostomia em Curitiba!

Durante todo o dia, os voluntários abordaram cerca de 600 pessoas
Desde as 9h integrantes da APO estiveram no centro de Curitiba
Voluntários José Florindo da Costa, Neuza Lemes G. Dolci, Iara Ferreira Reinaldin (Hollister), Luiza Helena Ferreira Silveira e Maria Carlos
Voluntários Iolanda B. dos Santos de Melo, Zélia, Luiza Helena Ferreira Silveira, Iara Ferreira Reinaldin (Hollister) e Neuza Lemes G. Dolci
Presidente Luiza Helena Ferreira Silveira dando entrevista para equipe de TV

Conhecimento sobre ostomia cresce entre curitibanos

Para a presidente da APO, ações de conscientização da entidade e repercussão da
cirurgia de colostomia do presidente Jair Bolsonaro contribuiram para o aumento
do conhecimento sobre ostomia na capital paranaense

Uma pesquisa realizada pela Associação Paranaense dos Ostomizados constatou que 57% dos curitibanos não sabem o que significa o termo ostomia, bem como suas causas e formas de prevenção. Entre as 200 pessoas que participaram da pesquisa, 22% afirmaram conhecer alguém ostomizado. Desses, 66% declararam ter um familiar que passou pela cirurgia de ostomia, enquanto 28% afirmaram ter amigos ou conhecidos ostomizados.

O resultado da pesquisa indica que o conhecimento sobre o assunto vem crescendo. Em estudo anterior, realizado em 2012, o número de pessoas que desconheciam o tema era de 71%.

Para a presidente da associação, Luiza Helena Ferreira Silveira, o desconhecimento sobre a ostomia revela um grave problema. “A falta de informação é muito prejudicial no tratamento e na prevenção da doença. Vivenciamos diariamente a situação de pessoas recém-ostomizadas que compram bolsas coletoras, material usado diariamente por um ostomizado, sem saber que têm direito a recebê-las gratuitamente pelo SUS”, afirma Luiza. “Por outro lado, quem não possui a enfermidade precisa de esclarecimento para prevenir um futuro problema”.

A CIRURGIA DE BOLSONARO
Para Luiza, além das ações de conscientização promovidas pela APO, outro fator que contribuiu para o aumento do conhecimento sobre ostomia por parte dos curitibanos foi a repercussão da cirurgia de colostomia pela qual passou o presidente Jair Bolsonaro. “No caso do Bolsonaro, a necessidade da cirurgia se deu em decorrência de um ferimento com arma branca, mas há inúmeras outras causas que podem tornar uma pessoa ostomizada, como câncer, doença de Crohn e retocolite”, observa.

Causas que podem levar à estomia intestinal e urinária

A confecção de estomias salva todos os dias a vida de milhares de pessoas

Toda cirurgia que leva à confecção de uma estomia intestinal ou urinária visa reparar ou aliviar o sofrimento causado por algumas doenças ou condições intestinais ou urinárias. As estomias constituem sequelas ou consequências de doenças ou traumas e não causas ou diagnósticos, o que dificulta sua informação. Portanto, ela faz parte de um processo de tratamento ou cura.

As causas são diversas, mas predominantemente temos as neoplasias (tumores) malignas, principalmente as colorretais, e vesicais, além das doenças inflamatórias intestinais, como doença de Crohn, retocolite ulcerativa inespecífica e os traumas por acidentes automobilísticos, ferimentos por arma branca ou arma de fogo e empalamento.

O Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima para o Brasil 17.380 casos novos de câncer de cólon e reto em homens e 18.980 em mulheres para cada ano do biênio 2018-2019. Lembrando que o câncer de cólon e reto é uma doença multifatorial influenciada por fatores genéticos, ambientais e relacionados ao estilo de vida, como consumo excessivo de bebidas alcoólicas, baixa ingestão de frutas e vegetais, alto consumo de carnes vermelhas e de alimentos processados, obesidade, tabagismo e falta de atividades físicas. Em relação ao câncer vesical (de bexiga), estima-se 6.690 novos casos em homens e 2.790 em mulheres, e quanto aos tumores infiltrativos de próstata, são estimados 68.220 novos casos ao ano.

Os traumas também representam um percentual importante, principalmente no meio urbano devido ao crescimento desordenado das cidades sem uma infraestrutura adequada, ou seja, desemprego, desprovimento de serviços públicos assistenciais (saúde primária, hospitais, escolas, etc.) e ineficiência da segurança pública.

Quanto às estomias em crianças, geralmente são atribuídas a malformações congênitas e realizadas no período neonatal. Frequentemente são temporárias.

A confecção de estomias salva todos os dias a vida de milhares de pessoas. Sendo assim, quanto mais informações você tiver acesso, mais poderá fazer para levar uma vida ativa e saudável e ajudar as pessoas que ama a ampará-lo da melhor maneira possível.

O Programa me+ ConVocê foi desenvolvido pensando em você. Conhecemos suas necessidades e trabalhamos todos os dias para oferecer serviços e produtos inovadores que possam facilitar sua reabilitação. O cuidado que precisa está a uma chamada de distância. Conte conosco!

Por: Elaine Pedroza
Estomaterapeuta e Coordenadora Nacional me+ ConVocê
me+convoce@Convatec.com
CONVATEC


REFERÊNCIAS

  1. Santos VLCG. Aspectos Epidemiológicos dos Estomas. Revista Estima, São Paulo, v.5 (1), 2007.
  2. Monteiro SNC, Kamada I, SilvaAL, Souza TCR. Perfil de crianças e Adolescentes Estomizados atendidos de um Hospital Público do Distrito Federal. Revista Estima, São Paulo, v.12 (3), 2014.
  3. Santos, MO. Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. Coordenação de Prevenção e Vigilância. Estimativa 2018: incidência de câncer no Brasil. Rio de Janeiro: INCA, 2017. 128p.

Café da Primavera com Bingo

O espaço para a realização do evento foi cedido gratuitamente pelo presidente da ADFP, Junior Ongarô

No dia 14 de setembro, a APO promoveu o Café da Primavera com Bingo na sede da Associação dos Deficientes Físicos do Paraná (ADFP). Na ocasião, aproximadamente 100 pessoas, entre convidados e voluntários, estiveram presentes.

Durante o evento, os participantes foram servidos com um delicioso lanche com a colaboração da Coloplast. Os três prêmios principais do bingo foram doados pelas fabricantes de produtos para ostomia e seus respectivos distribuidores: Hollister (MC Surgical), B Braun (Jusimed) e Convatec (Cointer).

“O resultado do evento foi positivo, tanto do ponto de vista de arrecadação quanto de confraternização entre ostomizados e familiares, principalmente nesta edição em que tivemos o maior número de participantes entre todos os cafés da primavera. Nosso agradecimento especial às empresas que colaboraram com os prêmios especiais e com a alimentação e aos voluntários que apoiaram cedendo seu tempo e seus recursos para que o evento ocorresse bem”, afirma a presidente da APO Luiza Helena Ferreira Silveira.

Prêmios do Café da Primavera com Bingo Beneficente
Luiza Helena Ferreira Silveira, presidente da APO