Movimento tenta criar dia do ostomizado em Portugal para combater preconceito contra ostomia

No Brasil, o Dia Nacional do Ostomizado, celebrado em 16 de novembro, é uma realidade desde 2007

Valéria Pinheiro, presidente da ANOXV e uma das líderes do movimento Ostober (Foto: Divulgação)

No dia 1º de outubro, o movimento chamado Ostober, criado em Portugal com o objetivo de dar voz às pessoas ostomizadas e eliminar preconceitos em relação à ostomia, lançou um abaixo-assinado on-line para pressionar as autoridades do país a criar oficialmente o Dia Nacional do Ostomizado.

O Ostober foi criado pela Convatec em parceria com a Associação Nacional de Ostomizados (ANOXV) de Portugal. Para Valéria Pinheiro, fundadora e presidente da associação, a criação da data oficial traria luz acerca da ostomia, que atinge cerca de 15 mil ostomizados portugueses. “O desconhecimento gera preconceito e exclusão, por isso criar o Dia Nacional da Pessoa com Ostomia vai trazer condições para eliminar definitivamente o desconhecimento da sociedade portuguesa sobre o que é a ostomia”, afirmou Valéria ao Jornal Médico. 

No Brasil, o Dia Nacional dos Ostomizados foi instituído pela Lei nº 11.506, de 2007 como forma de tentar acabar com o preconceito por meio da informação. Na época em que a lei foi sancionada, a Associação Brasileira dos Ostomizados (Abraso) estimava que havia aproximadamente 50 mil ostomizados no país. Segundo o último levantamento do Ministério da Saúde, em 2020, havia cerca de 400 mil ostomizados, com estimativa de 10 mil novos casos ao ano.

Para a ex-presidente da Associação Paranaense dos Ostomizados, Luiza Helena Ferreira Silveira, a alta de casos de ostomia não tem acompanhado o crescimento adequado na conscientização a respeito da prevenção, do tratamento e de como lidar com a nova condição de vida após a cirurgia de ostomia. Para ela, uma data oficial dedicada ao tema é essencial para combater a falta de informações.

“Minha percepção como alguém que participa de uma associação que recebe um grande número de pacientes recém-ostomizados é de que a falta de divulgação dessa questão de saúde é um grande problema. Fala-se na TV e na mídia em geral sobre autismo, diabetes, pressão alta, câncer de mama, mas raramente se fala sobre a ostomia”, diz Luiza.

 “Há diversas questões de saúde que podem levar a uma ostomia. Tudo o que pudermos fazer para falar da ostomia – definitiva ou provisória – é importante para que quando acontecer com alguém próximo as pessoas saibam como lidar e saibam também que existem associações de apoio”, enfatiza.

Para saber mais sobre o movimento ou assinar o abaixo-assinado pela internet, acesse www.ostober.org

Em assembleia, associados elegem nova diretoria da APO

Em assembleia realizada no dia 18 de novembro, foram eleitos os integrantes da nova diretoria da Associação Paranaense dos Ostomizados. Conheça os diretores que estarão à frente da associação durante o biênio 2023-2024:

Presidente: Kátia Pascoal de Lima Oliveira
Vice-presidente: Aline Fernanda de Souza dos Santos  
1ª secretária: Marlene de Fátima Sasso
2ª secretária: Iolanda Borges dos Santos Melo
1ª tesoureira: Marilia Angelina Maito
2ª tesoureiro: José Florindo da Costa
Conselheiros fiscais: João Mendes Sanches, Raulino Canestraro e José Gonzaga de Melo

A APO deseja sucesso a todos os diretores eleitos, que se dedicarão a manter os esforços da entidade em prol do bem-estar e dos direitos dos pacientes ostomizados!

Influenciadores ostomizados para você acompanhar nas redes sociais

Thainná, que é colostomizada, tem mais de 80 mil seguidores nas redes sociais (Foto: Reprodução)

No Brasil, há mais de 400 mil pessoas ostomizadas segundo dados do Ministério da Saúde. Muitos deles são recém-operados e carentes de informações sobre o cuidado com a ostomia e sobre como enfrentar os desafios da nova condição de vida. Para atender a essa demanda, vários ostomizados têm usado as redes sociais para espalhar conhecimento e compartilhar seu dia a dia com o ostoma. 

O Jornal APO selecionou alguns desses influenciadores digitais que mantêm perfis no Instagram, Facebook e Youtube. Alguns deles apostam em falar com leveza e bom humor sobre seu dia a dia na condição de ostomizado, enquanto outros tratam dos cuidados da vida com uma bolsa de ostomia.

Veja a seguir a lista de influenciadores para acompanhar nas redes sociais:

Thainná Nascimento

Colostomizada em decorrência de uma retocolite ulcerativa, Thainná, mãe do Noah, que completará um ano em dezembro, usa seus canais no Instagram e Youtube para compartilhar experiências de uma mãe de primeira viagem ostomizada. No Youtube há vídeos como o relato de uma cesariana feita em uma gestante com ostomia, e a descrição da rotina de uma mãe ostomizada.

Instagram: @thaibnascimento
Youtube: Thainná Batista

Leandro Ribeiro

Sob o lema de “inspirar pessoas a enxergarem a vida além do diagnóstico”, o influenciador e palestrante Leandro Ribeiro, que é ileostomizado, usa as redes sociais para falar sobre aceitação da ostomia e adaptação junto à família, e traz mensagens positivas para saber lidar com a condição de ostomizado.

Instagram: @sr.ost.crohn

Lorena Eltz

A gaúcha de 22 anos, que fez cirurgia de ileostomia aos 12 em decorrência da doença de Chron, alcançou mais de 1 milhão de seguidores em suas redes sociais ao produzir conteúdos a respeito do seu cotidiano, da aceitação dos momentos difíceis e outros temas ligados à saúde. Ela tem, também, um podcast chamado Feliz com Chron disponível em diferentes plataformas, como Spotify e Deezer.

Instagram: @lorenaeltz
Youtube: Lorena Eltz
Spotify: Feliz com Chron

Vivi Mattos

Vivi Mattos, que mantém o Ostomia Sem Tabu nas redes sociais, conta sobre sua rotina e traz importantes dicas para ajudar no dia a dia de pessoas com ostomia. Em vídeos bem humorados, a influenciadora explica, por exemplo, como esvaziar a bolsa na praia ou no carro, e mostra que faz de tudo, inclusive praticar esportes.

Instagram: @ostomiasemtabuoficial
Youtube: Ostomia Sem Tabu
Facebook: Ostomia Sem Tabu