APO promove primeira reunião de 2013

No dia 28 de fevereiro, associados, ostomizados, voluntários e visitantes participaram primeira reunião da APO em 2013.

O principal assunto tratado foi a eleição da nova diretoria em novembro de 2013. A presidente da associação, Luiza Helena Ferreira Silveira, deixou claro para os participantes que é impossível permanecer no cargo, uma vez que já está no segundo mandato e, pelo estatuto da entidade, não é possível acontecer um terceiro mandato.  “É fundamental que estejamos conscientes que neste ano seja eleita uma nova diretoria.”.

Durante a reunião, a diretoria fez prestação de contas para os participantes. “A associação é uma entidade limpa, tem todos os certificados em dia e é uma ONG respeitada no campo de atuação”,
afirmou Luiza.

A criança ostomizada e a escola

Por Maria Carlos (enfermeira voluntária na APO)

Um tema pouco abordado, porém de grande relevância, trata da criança ostomizada. Sabemos que qualquer procedimento terapêutico infantil causa estresse, tanto às crianças quanto aos pais.

As ostomias intestinais e urinárias resultam de procedimentos cirúrgicos com o
objetivo de criar uma abertura (estoma), cuja função será
excretar a urina ou as fezes, substituindo as vias naturais.

As principais causas que levam uma criança a ostomia são:
– Anomalias congênitas. Ex: agenesia (falta de anus) ou atresia (estreitamento do reto);
–   Doenças inflamatórias;
–   Neoplasia;
–   Traumas abdominais;
–  Má formação do aparelho urinário

Os pais precisam receber apoio, informação, recursos técnicos e materiais para desempenhar a tarefa de cuidar e educar, visando o desenvolvimento físico, emocional e
intelectual de seus filhos.

Sabemos que é dever do Estado oferecer suporte à família, dando condições adequadas no que diz respeito à saúde, educação e segurança, segurança de todos. A equipe de Saúde tem grande responsabilidade no processo de informar, capacitar e acompanhar, agindo como facilitador na execução dos cuidados.

É importante lembrarmos que as crianças são todas iguais. Ostomizadas ou não, quando pequenas, necessitam de cuidados especiais. Quem troca as fraudas, com treinamento, aprende a trocar as bolsinhas. A ostomia não deve ser vista como empecilho ao desenvolvimento da criança. Os pais e educadores precisam superar qualquer barreira, reforçando valores que despertem a autoconfiança e a independência delas.

Na APO tivemos a oportunidade de conhecer e acompanhar a história de um lindo menino ostomizado, cujos pais relutavam em levá-lo à escola por recear que viesse a sofrer algum tipo de rejeição. Foram orientados a falar com os educadores sobre as condições da criança. Os profissionais ficaram sensibilizados e proporcionaram as condições necessárias para que ele participasse das atividades escolares inerentes ao desenvolvimento saudável.

Esse menino tornou-se um belo jovem ostomizado (ainda). Atualmente estuda, trabalha e namora, como qualquer outro de sua idade. Essa é a prova de que a ostomia não incapacita, somente requer alguns cuidados especiais.

A APO está à disposição para ajudar casos de ostomia em crianças. Faça-nos uma visita!

Leia a edição de janeiro/fevereiro do Jornal APO

Para ler a última edição do Jornal APO, clique na imagem ao lado. Confira abaixo o editorial assinado pela presidente da associação, Luiza Helena:

Prezados leitores,
Primeiramente gostaria de agradecer a todos que prestigiaram e colaboraram com a APO no ano de 2012. Contudo, iniciamos 2013 pedindo que continuemos unidos na defesa e no congraçamento dos ostomizados.
É importante lembrar que em novembro deste ano teremos eleição da diretoria para a gestão 2014/2015. Também é de suma importância que desde já surjam nomes de pessoas interessadas e
comprometidas pelas causas dos ostomizados, para comandar nossa
associação para os próximos anos. Boa leitura!
Luiza Helena (Presidente)

Ostomia e viagem

Muitas vezes, uma pessoa após ficar ostomizada fica com medo de se divertir, e acaba deixando de aproveitar a vida. Porém, após a liberação médica, uma pessoa ostomizada pode e deve passear e viajar sempre que desejar e/ou precisar, utilizando todos os meios de transportes ha­bituais (carro, ônibus, avião).

Todos os tipos de viagem são possíveis para uma pessoa osto­mizada, incluindo cruzeiros e via­gens aéreas ao redor do mundo.

Durante a viagem, o ostomiza­do, como qualquer outra pessoa, deve usar o cinto de segurança, ajustando a sua posição, confor­tavelmente, e tomando cuidado, para que ele não comprima o es­toma.

Sempre que for viajar, ou se ausentar por um período, o os­tomizado deve levar quantidade suficiente de material, para durar toda a viagem, e mais alguns ex­tras, ou seja, uma quantidade su­perior ao que se gastaria em casa. Quantidade extra deve ser leva­da, mesmo que não precise trocar a bolsa, pois podem acontecer imprevistos como aumento nos movimentos intestinais, e além disso, pode ocorrer a dificuldade para encontrar esses acessórios durante a viagem por todo o Bra­sil e em outros países, onde tam­bém podem ser mais caros.

Na viagem, é importante levar material para uma troca na baga­gem de mão, mantendo-o sempre acessível, pois pode acontecer al­gum imprevisto e ser necessário trocar a bolsa.

Ao viajar de carro, os equipa­mentos devem ficar na parte mais fresca, evitando a exposição do material a temperaturas elevadas, como por exemplo, no porta-ma­las, pois pode alterar a qualidade da placa.

Nas viagens de avião, o material para o cuidado da ostomia deve ser levado na bagagem de mão, junto com a pessoa, pois podem ocorrer extravios de bagagem. E para evitar problemas ao passar pela alfândega ou pela inspeção de bagagem, é importante ter uma declaração do médico afir­mando que precisa levar consigo equipamentos de ostomia e me­dicamentos. Outros problemas podem ser evitados se tiver essa informação traduzida para o idio­ma do país que irá visitar.

É importante, antes de viajar, fazer uma refeição leve, não exa­gerar e não experimentar alimen­tos novos, para não ter problemas intestinais. E durante a viagem, também é interessante seguir es­sas recomendações.

Em países estrangeiros, a diar­reia é muito comum em turistas, que pode ser provocada por sim­ples mudança na água, comida ou clima. Portanto, é importante certificar-se de que é seguro be­ber água. Se a água não for segura também não se deve usar gelo. O consumo de água engarrafada ou fervida é aconselhável, bem como usar sempre água segura para as irrigações. Também é bom evitar frutas descascadas e vegetais crus.

Pessoas ostomizadas perdem água e minerais rapidamente quando têm diarreia. Por essa razão, pode precisar de medica­ção para repor a perda de fluído e eletrólitos. O seu médico pode lhe dar uma receita de medica­ção para controlar a diarreia, que deve ser comprada no local onde mora, ou seja, antes da viagem, pois a receita pode não ser válida em outros lugares.

Antes de viajar para outro país, procure obter uma lista de médi­cos que falem o seu idioma e os custos das consultas.