Nota da diretoria: Falta generalizada de bolsas nos postos de saúde de Curitiba

Em reunião no dia 28 de junho com a diretoria da APO, membros da SMS garantiram que falta de bolsas será resolvida

Desde meados do ano passado, a diretoria da Associação Paranaense dos Ostomizados (APO) tem recebido queixas sobre falta de equipamentos de ostomia nas unidades de saúde de Curitiba. A ausência desses produtos representa prejuízos sem tamanho para a população ostomizada e fere a Portaria 400, que prevê a distribuição gratuita de equipamentos de ostomia pelo SUS.

Membros da diretoria da APO, que igualmente têm enfrentado problemas para receber suas bolsas, não tem medido esforços para cobrar de representantes da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) uma rápida resolução para o problema. Em março, a Secretaria reconheceu o problema e informou que foi havia sido feita uma compra emergencial de equipamentos. Entretanto, meses se passaram e a situação persiste.

Chegamos numa situação em que mais de 80% dos atendimentos na sede da APO têm como objetivo a retirada de bolsas, porque os pacientes não conseguiram com a rede pública. Além disso, temos recebido relatos de pessoas que foram orientadas nos postos de saúde a irem à associação retirar os equipamentos, o que é inadmissível. É importante enfatizar que a associação não tem condições de fornecer a quantidade adequada aos pacientes, que necessitam com urgência dos produtos.

Vale destacar que a ausência de bolsas não é algo pontual em apenas algumas unidades de saúde; é um problema generalizado. Temos orientado aos pacientes para contatar diretamente a Secretaria de Saúde pedindo a resolução imediata.

No dia 28 de junho, a diretoria da APO se reuniu novamente com membros da SMS, que garantiram que os problemas seriam sanados com brevidade. Ficou acordado também que representantes da Secretaria estarão presentes na reunião mensal de julho, que ocorrerá no dia 27 (quinta-feira) às 14h na sede da associação, para prestar esclarecimentos aos pacientes ostomizados. 

Com eventual persistência do atual cenário, a diretoria estuda ingressar com ação judicial cobrando o cumprimento das determinações da Portaria 400 na cidade de Curitiba.

Katia Oliveira – Presidente APO

Nota da Diretoria – Transparência Pública

Em cumprimento à Lei Federal nº 13019/2014, a Diretoria da Associação Paranaense dos Ostomizados (APO) disponibiliza o Termo de Fomento celebrado entre a Fundação de Ação Social (FAS) de Curitiba, em setembro de 2022, na qual foi celebrado repasse de recursos do Fundo Municipal de Apoio ao Deficiente (FAD) para o pagamento de despesas da associação, com vigência a partir de 10 de outubro de 2022 a 10 de outubro de 2023.

Também disponibilizamos o Plano de Trabalho da APO, com descrição dos serviços, objetivos, recursos materiais e humanos e tudo que envolve o atendimento à pessoa ostomizada e a garantia dos seus direitos. Este Plano de Trabalho foi elaborado em função da participação da APO no Chamamento Público nº 12/2021, conforme edital de 18 de novembro de 2021, que destina recursos financeiros do FMAD às instituições denominadas Organizações da Sociedade Civil (OSC).

Este material é um caderno de verificações e análises. Clique aqui para acessá-lo na íntegra.

Katia Oliveira se encontra com senador Moro e pede que Portaria 400 seja transformada em lei

Após o encontro, equipe do senador Sergio Moro foi à sede da APO para entender mais a fundo as demandas dos ostomizados

No dia 22 de maio, a presidente da APO, Katia Oliveira, participou de um encontro promovido pelo senador paranaense Sergio Moro (União Brasil) com instituições sem fins lucrativos que trabalham com pessoas com deficiência. O principal tema levado ao parlamentar pela representante da associação foi a falta de bolsas de ostomia, que tem sido uma realidade na capital paranaense e em outros locais do Brasil.

“Fiz um pedido para que a Portaria 400 [que trata da distribuição de equipamentos de ostomia pelo SUS] seja transformada em lei. Se isso acontecer, vai ser obrigatório que o poder público forneça as bolsas de ostomia. Nos casos de falta de bolsas, como o que está acontecendo agora em Curitiba, poderemos ir ao Ministério Público e exigir que a Prefeitura entregue as bolsas. Também falei para ele sobre a APO e a demanda de pessoas com ostomia, que tem crescido muito”, diz Katia.

No início de junho, assessores do senador foram à sede da associação para aprofundar sobre as demandas dos ostomizados a fim de elaborarem uma proposta legislativa para tornar o conteúdo da Portaria 400 uma lei nacional.

A sexualidade na vida da pessoa com ostomia

Por: Marthyna Mello
Enfermeira estomaterapeuta COLOPLAST

Desta vez, vamos aprofundar em um dos fatores que impacta diretamente na sua qualidade de vida: a sexualidade. Vale dizer que a sexualidade permeia todas as etapas do viver humano e é parte integral da nossa personalidade. Trata-se de uma necessidade básica, e é um aspecto que não pode ser separado de outros aspectos da vida. Diz respeito à dimensão íntima e relacional que compõe a subjetividade das pessoas e suas relações com seus pares e com o mundo. Refere-se à emoção que o sexo pode produzir, transcendendo definições físicas restritas ao ato sexual.

Após a confecção do seu estoma, houve uma alteração direta na sua imagem corporal e, consequentemente, uma readaptação do seu estilo de vida, incluindo o fator sexualidade. Nós, da Coloplast, queremos ajudar você a minimizar impactos nessa área com algumas orientações e dicas.

“Sendo estomizado, posso ter relações sexuais?”
Sim, e deve sempre buscar diálogo com o(a) parceiro(a) expondo suas angústias e seus medos para que possam juntos descobrir uma melhor forma de adaptação à nova realidade.

“Meu equipamento pode soltar durante a relação?”
Sim, mas existem adjuvantes que podem auxiliar na sensação de segurança em relação ao seu equipamento, como fitas elásticas e cintos.

“E se meu estoma funcionar durante o ato sexual?”
Lembre-se de que o funcionamento do estoma está diretamente ligado à sua alimentação.

“E se ocorrerem vazamentos?”
A escolha correta do equipamento é fundamental: existem bases adesivas convexas e também adjuvantes que podem minimizar o risco de vazamentos.

“O meu parceiro vai sentir o cheiro da minha bolsa?”
Há adjuvantes que podem auxiliar quanto a isso, para serem utilizados na bolsa coletora. Os equipamentos coletores mais avançados possuem filtro de odor acoplados na bolsa, de forma a evitar a exposição de odores.

“Como fazer para que meu parceiro não veja meu estoma?
Para mulheres, usar lingeries, lenços que cubram o equipamento; para os homens, camisetas. O importante é sentir-se atraente.

“Tenho vergonha de expor minhas dúvidas sobre sexualidade”
Busque os grupos de apoio a estomizados e associações, como a APO. A troca de experiências e relatos o motivará a seguir em frente.

Nós, da Coloplast, nos preocupamos com você e sabemos como a discrição, o conforto, a vida social e a confiança com o uso do equipamento ideal impactam na sua rotina. Conte conosco para tornar sua vida mais fácil e não se esqueça de que a sexualidade de cada um é única. O mais importante é que você esteja bem e feliz consigo mesmo!